sábado, 25 de junho de 2011

Uma semana movimentada e mais aprendizado

Será que vocês vão ter paciência pra ler tudo??

Comecei a semana passada indo buscar uma peça do Jeep que Ramírez havia encomendado. Nada é muito rápido por aqui, apesar de facilitado. Meus sofás levaram quase dois meses para serem entregues, vcs se lembram? Já tinha postado isso aqui.   Mas eles emprestam outros pra gente ter onde sentar até recebermos os novos.  Custo ZERO. E isso se chama cortesia e marketing!
Bem, mas a peça do Jeep - o nosso é um Compass – demorou uns 10 dias. Era um EYEBOLT, que é tipo um parafuso grande,  emendado numa argola, que a gente rosqueia na parte da frente ou de trás do Jeep para ser rebocado.  Vocês lembram que ficamos atolados em Moore River? Pois é, isso é pra termos onde colocar a corda para sermos rebocados  por outro 4x4. Claro que o ideal é não ficar atolado, mas acontece com os inexperientes porém destemidos marinheiros de primeira viagem.  A peça não é barata – AU$80 – e com os outros acessórios que compramos, tipo corda, etc, estamos prontinhos pra outra aventura.


Geralmente, às 2as feiras e de 15/15 dias (eles falam fortnightly), tenho ajuda de uma faxineira durante 3 horas. Já falei dela aqui. Uma paulista que é o maior barato! Nessa segunda ela trabalhou pouquinho porque estava dodói e tive que fazer parte do trabalho que restou (que já faço normalmente).  Dessa vez, me valeu um mal jeito na coluna que  doía até pra respirar.
Gente, ACABOU O  DORFLEX, socorroooooo! Emergencialmente tomei  um cataflan que trouxe do Brasil. Essa parte ainda é bem complicada pra mim. Não conheço os remédios daqui que estão disponíveis nas prateleiras sem que tenham que ser prescritos pelo GP (General Pratictioner). Ainda estou na fase do “experimenta”. Pra gripe,  já descobri um tipo Night & Day, que ajuda bastante. Pra desentupir o nariz já comprei, mas não usei ainda, depois eu conto.
A dor de coluna foi embora rapidinho e pude voltar a ativa. Não posso ficar fora de combate porque o niver do Pablo (que é DIA DE SÃO PEDRO)  vem aí e estamos começando a comprar algumas coisas pra festa Junina dele e da Paula, que faz aniversário logo depois. 
Por isso, na 6ª. feira, como Isa e Pablo não tiveram aula, aproveitamos pra agilizar várias coisas:
Isa fez um treinamento como camareira de um hotel e já está trabalhando. Dica da nossa amiga Amélia, que trabalha pra caramba aqui em Perth: maquiadora, promoter de vinhos e por aí vai... uma verdadeira guerreira!
Bem, deixamos a Isa cedinho no hotel e ela já ganhou por 5 horas. Vai trabalhar nos finais de semana e nas férias. O interessante aqui na Austrália é que em muitas empresas vc pode pleitear esse tipo de negociação e estabelecer, sempre que for compatível com as necessidades da empresa, o melhor horário de trabalho pra vc. Na empresa do Ramírez, algumas pessoas fixas, trabalham na empresa apenas 2/3 dias e os outros dias da semana, são no esquema de home office, como já existe em muitos lugares pelo mundo.
Eu e Pablito fomos às compras... Chegamos bem cedinho na praça da estação de Subiaco para irmos ao mercado comprar frutas e legumes baratinhos. Estacionamos o carro – tinha um monte de vagas – e fomos tomar um café na Croissant Express pra esperar o mercado abrir. A loja é uma gracinha. Na verdade é uma franquia muito bem montada. Logo que chegamos fomos recebidos por...mais uma brasileira. Essa veio de Ribeirão Preto, um amor de pessoa. Aproveitei pra pedir emprego pro Pablo porque  estamos correndo atrás de oportunidades para quem aceita menores de 18 anos. Comemos nossos croissants com capuccino, fizemos uma cópia do CV do Pablo e deixamos com a gentil brasileira (que depois fiquei sabendo que tb trabalha no mesmo hotel que a Isa) .


Saindo dali, já com as ruas movimentadas, lembrei que não tinha feito o pagamento do estacionamento. A gente tem que pagar na máquina, prevendo o tempo que vai permanecer no local, e colocar o ticket no parabrisa do carro. “Sutis” diferenças: no Brasil os guardadores credenciados vêm na sua janela cobrar os R$3,00 por duas horas.
Como eu ainda pretendia fazer outras coisas por ali, fui até a máquina e paguei.  O guarda (eles aparecem do nada, você nunca vê nenhum, mas creia, eles existem) veio e disse que entendia que havíamos esquecido de pagar e por isso não ia nos multar, por termos reparado o nosso erro demonstrando boa vontade,  pagando mesmo depois de ter o carro estacionado por mais de 30 minutos. 
É muito raro um caso de descortesia aqui em Perth.  Mas acontece...
Outro dia o Pablo começou a fazer uma ordem de pagamento no POST(correio)  e precisou voltar em casa pra pegar mais dinheiro. Quando voltou, tinha uma fila fora do Post e como já estava perto da hora de fechar, a atendente simplesmente deixou todos do lado de fora e fechou a porta avisando que o expediente estava encerrado.  Pablo tentou explicar que já tinha começado um serviço lá dentro e que seus papéis estavam lá...blá, blá, blá... Mas a mulher só falou “I Don`t care, you must come back tomorrow”. É raro, mas acontece.
Depois fomos ao mercado. Impressiona como conseguimos economizar comprando lá! É tudo a metade do preço e as vezes, menos da metade mesmo.  Escolhemos frutas, verduras e legumes e na saída, compramos um docinho muito popular por aqui, mas cuja origem é francesa – o macaron. A gente tava merecendo e as crianças amam! Mas é caaaaaaaaaro pra caramba porque é pequenininho e custa AU$3 cada um!


Dali fui comprar um presente pra uma amiga e procurar um banheiro público, que ninguém é de ferro. Conto isso por conta de duas curiosidades para os brasileiros:
1.    Vc sempre vai achar um banheiro público bom e limpinho em Perth (não importa onde vc esteja), com papel higiênico e máquina de secar as mãos. Ah, e o maravilhoso gancho pra pendurar bolsas nas portas dos banheiros. Informação importantíssima para nós, mulheres, e que não canso de repetir aqui no blog.
2.    Vc nunca vai encontrar uma loja que “embrulhe para presente”. Isso é um plus nas lojas brasileiras. Eles te entregam o presente no máximo num saquinho plástico. Aí vc tem que correr atrás de uma embalagem apropriada para embalar o produto e não fazer feio pro aniversariante.
Finalmente rumamos para o Kakula`s, já meio exaustos.  Mas a causa era nobre: a festa junina precisa ser quase um verdadeiro  “arraiá brasileiro”. Nessa época, bem como minha amiga “quase japonesa” falou, os produtos para festas juninas acabam bem rápido, já que a comunidade brasileira em Perth é enorme.  Ainda assim, conseguimos comprar bastante coisa, Até fubá gente!





Vcs não vão acreditar, mas dali,  ainda sobrou energia para passar no Western Australian Museum e conhecer a ala dos dinossauros, que eu não tinha conseguido ver da outra vez.
Finalmente voltamos pra casa e eis que... recebo uma mensagem de texto no celular , da Aline, minha diarista, convidando para uma super festa junina naquela noite no Ocean Club One, há um quarteirão da minha casa, aqui em Scarborough.  Com pão de queijo, cocada e paçoquinha for free (de graça), quem resistiria? 
Às 8PM , lá estávamos nós quatro: eu, Ramírez, Isa e Felipe. Foi muito legal  sentir o  calor e a alegria dos brasileiros, todos à caráter, um mais engraçado que o outro. E a música, ai que gostoso dançar um forró bem agarradinho e ver os casais rodopiando na pista – “Tá me esperando na janela ai ai, não sei se vou me seguraaaaar”.
A banda “mandava bem” e a noite valeu , adoramos o convite!
Só assim mesmo pra matar as saudades  das tradições da minha terra. Mas há esperanças...
Já temos reservas para férias no Brasil – UHUUUUUUUU!!!  A contagem agora é regressiva. Mais seis meses e é só correr pro abraço!



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