As oportunidades surgem quando a gente menos espera,
não é mesmo?
Pablo fez 18 anos dia 29 de Junho passado e por conta
disso, Deus me iluminou e resolvi alguns dias antes, checar com a Embaixada do
Brasil em Camberra, quais seriam as providências mais imediatas em relação aos
seus documentos, para que permaneça uma pessoa “legal” no Brasil.
Foi aí que tive a notícia que teríamos que viajar até
Camberra para tirar um título de eleitor e alistar o meu “novo adulto”.
Já que era inevitável, por que não aproveitar para
conhecer Sydney? É bem pertinho – umas 4/5 horas de ônibus ou uns 50 minutos de
avião.
Conseguimos fazer quase todos os trajetos com
milhagem, thanks God! Já imaginou termos que tirar do próprio bolso pra ir do
outro lado da AU cada vez que a gente precisa de um documento?? Sem chances!
Nossa viagem começou numa 5ª. feira à tarde. Chegamos
pela Qantas em Camberra já bem tarde e fomos direto pro hotel.
No dia seguinte, bem cedo, partimos pra Embaixada do
Brasil, próxima de outras Embaixadas, aproveitando pra termos a primeira
impressão da cidade. Não que eu possa falar com toda a propriedade já que
ficamos só um dia por lá, mas Camberra me pareceu uma cidade meio triste,
vazia... Mas talvez fosse só o frio que seca as folhas das árvores deixando
expostos seus galhos e trocando o verde pelo amarelo. Mas até essa “melancolia”
de meio Outono meio Inverno tem sua beleza!
E por falar em “canarinho”, resolvemos tudo o que
precisávamos na Embaixada. Foi bom me sentir no “Brasil” ainda que por apenas
duas horas.
E só pra constar, a pessoa que nos atendeu foi
eficiente e atenciosa. E por isso ganhamos algumas horas pra rodar a cidade. Escolhemos conhecer a National
Gallery of Australia e seus arredores antes de pegarmos o vôo pra Sydney.
Havia uma exposição de Turner em cartaz, mas decidimos
visitar o acervo da galeria que também é excepcional – eu gostei da arte aborígene,
como sempre, da parte de vestuário ao longo das décadas e da “viagem” pelo
Surrealismo e Impressionismo, meus
favoritos!
Dali, almoçamos num simpático restaurante do outro
lado da rua e fomos caminhar na Zona Parlamentar, em volta do Lago Burley
Griffin. A caminhada foi rápida porque o vento gelado espantava qualquer
pedestre animado. Tomamos um café no Bistrô da Galeria e rumamos para o
aeroporto.
Vôo tranquilo e rápido pela Virgin, com bagagem
reduzidíssima (adorei viajar com uma pequena bolsa de mão). Minimalismo é a
palavra de ordem! Rsrsrs
Nesse voo confirmei que existem mesmo montanhas na
Austrália – rsrsrsr Olhem só o que sobrevoamos! Nem sei quanto tempo faz que não vejo verdadeiras montanhas e vales!
Chegamos em Sydney de tardinha, mas já parecendo noite
fechada. Um frio de doer, mas a energia da cidade é maravilhosa e tive a
sensação de estar numa espécie de Rio de Janeiro que deu certo: tudo ferve, as
luzes refletem nas águas do charmoso Darling Harbour e YES, as coisas não
fecham às 21h30min!!!
Há muito tempo não ficava na rua até tão tarde. Eu e
Pablo estávamos excitadíssimos com o movimento nas ruas, boates e restaurantes.
A noite estava gelada, mas linda!
Jantamos num simpático ( e caro) restaurante italiano
do Harbour, a Casa di Nicco. Vale pelo
ambiente e pela vista. O nhoque era mais bonito que gostoso... Mas tava
valendo...
A cidade é um espetáculo!
Andamos por todo o Darling Harbour até a exaustão e
pegamos o famoso monorail para cruzar a ponte. Pra a tristeza geral, tomamos
conhecimento que esse ícone de Sydney, que já completa 25 anos, ia se aposentar
no final do mês de junho. Uma pena! Não sei o que será feito dele... Por
AU$9.80, tratamos de comprar o “Smart Day Pass”, que nos possibilitaria vários
passeios nas principais atrações do harbour – “Catch a piece of history before
it is gone”!
O monorail e o cartaz de despedida
O monorail e o cartaz de despedida
SÁBADO
O dia amanheceu azul, lindo, contrariando todas as
previsões de tempo chuvoso. Tomamos café observando a cidade acordar e o vai e
vem dos barcos turísticos no canal. Pagamos AU$ 40 p/p, por 1 dia de
Sightseeing Tour no “Hop on Hop off” bus. Um dos pontos
era pertinho do nosso hotel, o sempre honesto IBIS!
Aproveitamos a linda manhã e nos acomodamos na parte
de cima (descoberta e gelada) do ônibus vermelhinho de dois andares que nos
levaria aos principais pontos da cidade (26 ao todo). O bacana desse ônibus é
que você pode descer onde quiser e voltar a pegar o ônibus que passa nas
estações a cada 15 minutos. Você fica livre pra fazer o que gostar mais
enquanto durar seu ingresso.
OPERA HOUSE e JARDIM BOTÂNICO
E adivinhem onde foi nossa primeira parada? SYDNEY
OPERA HOUSE, claro!
Tive uma sensação parecida quando fui a Paris e vi a
Torre Eiffel pela primeira vez. Quando o ônibus virou a esquina e avistei a
Opera House fiquei muito emocionada! Acho que é pelo gigantismo da obra e pela irreverência da arquitetura, uma
construção que levou 14 anos para ser concluída e que sem dúvida se tornou
marca registrada da Austrália e colocou a Oceania no mapa mundial.
Essa verdadeira “escultura”, projetada por
Jorn Utzon, foi inaugurada em 1973 e tem cerca de mil divisões, incluindo 5
teatros, cinco estúdios de ensaio, dois auditórios, quatro restaurantes, seis
bares e numerosas lojas de recordações.O Concert Hall, seu maior auditório tem capacidade
para 2.690 espectadores sentados.
E o tempo começava a mudar... Tratamos de aproveitar
os últimos espaços azuis do céu pra emoldurar nossos registros fotográficos
pois logo logo tudo estaria nublado. Não desanimamos, já tínhamos comprado um
guarda-chuva numa lojinha de souvenirs... “just in case”.
Ao fundo a SYDNEY BRIDGE
Ao fundo a SYDNEY BRIDGE
Deixamos nosso cenário de cinema e rumamos para o
Jardim Botânico. A área é muito usada pelos moradores e turistas, que se
misturam ao verde dos jardins e plantas exóticas nas caminhadas, corridas ou
simplesmente nos passeios com vista para o mar.
Pegamos novamente o ônibus e reiniciamos o nosso tour.
Passamos pela área da Marinha, pela Biblioteca de NSW (New South Wales – o Estado onde Sydney está
situada) , pela Catedral, pelo Hyde Park, pelo Australian Museum, Central
Station, George Street e The Star Casino.
Estação de Trem
Abaixo o Cassino
Catedral
Hyde Park
Estação de Trem
Abaixo o Cassino
Catedral
Hyde Park
Já era tarde e ainda queríamos visitar o The Rocks,
uma mercadinho super alternativo e ir numa chocolateria que uma amiga indicou.
Passamos rapidamente no hotel, depois fizemos um lanche e pé na rua de novo,
afinal...só tínhamos um fim de semana pra conhecer Sydney.
THE ROCKS
A essa altura, já estava chovendo, mas não
desanimamos. Pegamos nosso ônibus novamente e descemos no famoso The Rocks, que
funciona aos Sábados e Domingos, de 10 às 17 horas. Achei super parecido com a
Babilônia Feira Hype, que temos na Gávea, Rio de Janeiro. A gente encontra de
tudo um pouco: comidas, bebidas, souvenirs, roupas, acessórios, sapatos, bolsas
e até bombons com vários recheios diferentes, de um casal de brasileiros. O
importante é que o produto seja “descolado” e tenha um toque de irreverência.
Nós compramos umas garrafinhas dessas onde se coloca
bebida alcoólica com rótulos engraçados. E claro, os bombons!
MAX BRENNER
Dali fomos caminhando até a Max Brenner, uma
chocolateria INDECENTE de tão gostosa, recomendadíssima por uma amiga. Depois
entendemos o por que.
Imagine você literalmente vendo o chocolate sendo
processado em grandes recipientes de vidro e sendo levado por canos que ficam
aparentes no teto do local. As vitrines são o sonho de qualquer chocólatra,
exibindo com primor, chocolates de todas as formas e tamanhos e todos os tipos
de recheios. Sem falar da parte da pâtisserie. As tortas e bolos deixam até os mais
insensíveis anestesiados. Não dá pra sair de lá sem provar um hot chocolate ou
um dos quitutes à mostra.
Os apelos vêm de todos os lados, até mesmo das
paredes, com cartazes criativos mencionando essa delícia chamada CHOCOLATE.
Depois dessa orgia doce, só mesmo caminhando
muuuuuuuuito pra gastar as incontáveis calorias adquiridas. Descemos a George
Street, rua mais badalada do Centro de Sydney, observando o comércio que ferve
na região. A loja da Apple é gigantesca, acho que três andares envidraçados com
vista pra essa chic avenida. Grifes badaladas são encontradas em cada esquina:
Louis Vuitton, Burberry, Armani e muitas outras de renome internacional.
Munido de GPS via Google maps, Pablo nos guiou de
volta às proximidades do hotel, no Darling Harbour, onde tudo acontece!
Passeamos mais uma vez de monorail,
tomamos um café no Starbucks, conhecemos o jardim chinês e compramos ingressos
para assistirmos “Velozes e Furiosos” no IMAX, que tem a maior tela de cinema
do mundo. Nosso dia foi comprido, mas tivemos fôlego até pra esse “cineminha”!
Fechamos nosso sábado presenteados com um show de fogos que o Darling Harbour apresenta todos os Sábados aos visitantes. Sentamos no pier e assistimos a queima colorida disparada das balsas que flutuavam no canal.
DOMINGO
Nosso Domingo começou com uma visita ao Museu de Cera
Madame Tussaud, que fica bem ao lado do famoso aquário de Sydney. Eu já tinha
visitado esse museu em Londres e achei que valeria à pena o Pablo se divertir
com as réplicas dos astros do cinema e da música. Mas francamente, preciso registrar o meu desapontamento. Pagar
AU$38 por pessoa pra ver pouquíssimos artistas em cera, não justifica o alto custo do ingresso pro mais curioso... Ainda assim, a visita nos valeu umas fotos divertidas!
Acima com a Primeira Ministra da AU Julia Gillard e abaixo... dispensa
explicações.
Acima com a Primeira Ministra da AU Julia Gillard e abaixo... dispensa
explicações.
Optamos por não ver o aquário, até por recomendação de
uma amiga. O fato é que se destinou um espaço muito pequeno para essas atrações,que acabam perdendo de longe
para o museu de Londres e diversos parques aquáticos e aquários pelo mundo
afora.
SYDNEY TOWER
Como o dia estava irretocável, sem uma nuvem no céu, fomos
visitar a Sydney Tower e aproveitar a vista
espetacular em 360 graus, da plataforma de observação que fica a 250 metros de
altura. A torre em si, tem 309 metros e ainda assim, atualmente é a trigésima
oitava torre mais alta do mundo. Os países árabes arrasam no “quesito” altura!
Em
dias claros, é possível enxergar praticamente toda a região metropolitana de Sydney.
Recentemente recebeu mais uma atração chamada Skywalk:
uma via que permite que os visitantes possam "andar" sobre o telhado da torre e sobre uma plataforma com piso de vidro que lhes permite ver
a cidade duzentos e sessenta metros abaixo dos seus pés.
NEM PENSAR!!!
NEM PENSAR!!!
Essa
sim foi uma atração que valeu cada dólar pago. Acho que foi algo em torno de
AU$16 por pessoa. O nosso ticket do monorail, comprado no dia anterior, dava direito a uma série de descontos em
atrações turísticas locais e isso ajudou bastante. Alguns com até 20 % a menos! Fiquem sempre ligados nessas oportunidades.
Passeio imperdível, um "MUST SEE ", como dizem por aqui!
Passeio imperdível, um "MUST SEE ", como dizem por aqui!
Da
torre, fomos conhecer uma curiosa ruazinha onde a ARTE vem “do céu”. Chama-se Angel Place e foi a Isadora, minha
filha, que leu sobre ela e nos disse pra visitá-la.
Particularmente,
sou uma apaixonada pela arte pública e
reconheço nessa instalação, chamada de “Forgotten Songs” (cantos
esquecidos), um dos melhores exemplos
que já vi.
Um
“sem número” de gaiolas vazias de vários tipos e tamanhos foram penduradas ao
longo da rua, a uns 8/10 metros de altura. De dentro delas saem os sons dos
pássaros que antes da rua ser revitalizada, habitavam o local. Representam
portanto, os pios dos “pássaros perdidos”. Fiquei completamente encantada e
sensibilizada pela delicadeza da mensagem. Só mesmo vendo e ouvindo pra
entender e sentir...
PADDY’S
MARKET e CHINATOWN
Já
estávamos perto da hora do almoço e resolvemos caminhar até China Town pra
almoçar. Também fica pertinho do Darling Harbour. Pablo queria comer honey
chicken de qualquer maneira – rsrsrs
No
caminho, passamos pelo Centro de Convenções de Sydney, onde avistamos uma fila
de mais de um kilômetro.
Fomos assuntar qual era o conferencista ilustre que se apresentaria e descobrimos que se tratava nada mais nada menos do Dalai Lama. Fiquei muito feliz em saber que líderes espirituais também são capazes de arrastar multidões para grandes conferências onde a pauta principal é a PAZ!
Acho que nem a fila do Maracanã em dia de clássicos é tão grande! Rsrsrsr
Fomos assuntar qual era o conferencista ilustre que se apresentaria e descobrimos que se tratava nada mais nada menos do Dalai Lama. Fiquei muito feliz em saber que líderes espirituais também são capazes de arrastar multidões para grandes conferências onde a pauta principal é a PAZ!
Acho que nem a fila do Maracanã em dia de clássicos é tão grande! Rsrsrsr
A
última parada antes de nos reabastecermos foi o Paddy’s Market, um mercado com
as mesmas características do nosso aqui em Fremantle, Perth, só que
infinitamente maior e com uma variedade enorme de artigos de todo o tipo.
Vale uma passadinha pra comprar comidinhas, temperos e lembranças baratinhas ou engraçadas, tipo um pijama de “urso panda” que o Pablo me fez comprar pra ele...agora morro de inveja nas noites frias! Rsrsrs
Vale uma passadinha pra comprar comidinhas, temperos e lembranças baratinhas ou engraçadas, tipo um pijama de “urso panda” que o Pablo me fez comprar pra ele...agora morro de inveja nas noites frias! Rsrsrs
Nosso
tempo estava acabando e fomos conhecer China Town, o famoso reduto chinês que
existe em praticamente todas as grandes cidades do mundo. Foi lá que fizemos o
nosso break de almoço antes de irmos buscar nossas malas
no hotel.
Ainda passeamos pelo shopping do Harbour, tomamos um café no San Churro e por
volta das 15 horas já estávamos no táxi
a caminho do aeroporto. Sem o trânsito pesado dos dias de semana chegamos
rapidinho.
Lojinha encantadora no Shopping
Lojinha encantadora no Shopping
A paz de Cristo,gostaria de indicar meu blog:willian bugiga e o site:www.convertidos.com.br.
ResponderExcluirQue a paz de Cristo esteja com todos.
SENSACIONAL Monka! 48h em Sydney muito bem aproveitadas. Pena que é looooonge de Perth né? Aumentou ainda mais a minha vontade de conhecer down under... Bjs e saudades...
ResponderExcluirrsrsrsrs pra dois dias foi um recorde mesmo!
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